À conversa com Xano

Pedro Marques, mais conhecido por Xano é avançado no Oliveira do Bairro SC e esta semana conta-nos o pouco do que significa para ele o futebol, o percurso noutros clubes entre muitas outras coisas.

Chegas-te ao OBSC com 8 anos na época 2009/2010. Tens memória desse primeiro dia, consegues descrever-nos os primeiros tempos? 

Xano Marques: Eu fui para o Oliveira do Bairro SC porque a equipa anterior disse-me que eu não tinha estofo para entrar em campeonato, era muito franzininho. Saí da LAAC e fui para o OBSC. Se não me tivessem dito isso provavelmente ainda lá estaria até hoje. Na altura depois foi um choque, o OBSC tinha uma dimensão que eu não esperava e fiquei estupefacto.

Foram 6 épocas consecutivas na formação do OBSC e rumas-te a outras equipas. Como foi o teu percurso a partir daí?

X.M: Eu já podia ter saído do Oliveira do Bairro SC duas vezes mas não o fiz porque questões financeiras. Uma foi para o Acdémica de Coimbra, futebol de 7 e outra foi para o Porto e eu não tinha capacidade para lá ir 3 vezes por semana mais fim-de-semana e os meus pais com trabalho não tinham capacidade para me levar aos treinos e jogos. Fui ficando, ficando até que fiz a transição mais difícil que é de futebol de 7 para futebol de 11. É totalmente diferente, vais jogar num campo muito maior o que requer muito maior capacidade física. Para além de que vais jogar contra atletas com 2 ou mais anos que tu. Depois rumei ao meu primeiro ano de sénior no Beira-Mar e não estava a ter muitos "minutos", depois fui emprestado ao Gafanha.

Portanto 6 épocas no OBSC onde começas-te, 6 épocas fora... e hoje estás aqui novamente. Ficas-te contente com o facto do departamento de futebol sénior do OBSC se ter lembrado de ti? O que sentiste quando te fizeram o convite para o regresso?

X.M: Um dia aquando dos jogos do Gafanha vim cá numa jornada ao Oliveira do Bairro SC e num fim dum jogo um elemento da direção do clube abordou-me pedindo-me o contacto. Mais tarde recebi algumas chamadas por parte do OBSC mas eu ainda não tinha resposta mas no fim acabei por aceitar. É o projeto que notavam que me queriam e senti que ia jogar e ser valorizado e era o que eu precisava. Na altura quanfo fui contactado nem me estava a acreditar porque foi um jogo que não correu tão bem quanto esperado e até saí do jogo triste. Achei que não dei o contributo que esperava dar. O que eu fiz naquele jogo foi o que expoletou quererem-me cá.

Quais as diferenças que sentes no OBSC desde momento que saíste até os dias de hoje? 

X.M: É um contecto muito diferente, nós ali estamos apenas 3 vezes por semana mais ao fim de semana, 2 horas o tempo do jogo. Agora é muito diferente, vemos-nos todos os dias e aqui criou-se um sentimento de família. Conhecemo-nos bem todos, não há um que fique para trás. No início eu jogava em Infantis, davamo-nos todos bem mas era aquela amizade de criança e agora é como uma família.

Em termos da estrutura de futebol sénior e massa associativa, o OBSC é um clube apetecível para um jovem com talento como tu?

X.M: Aqui é dada a oportunidade. As oportunidades que surgem por exemplo estamos a ver juniores a jogar e a vir aos nossos treinos mostrar as suas qualidades perante o mister. Somos a equipa mais nova do Campeonato, ninguém diria que estariamos  em segundo-lugar atrás do Beira-Mar. Secalhar diriam que estaria o Águeda. A idade mostra o que o clube é, isto significa que não depende da idade, se tiverem qualidades e te esforçares, eles vão ver isso e tentar ajudar-te. 


Sabemos que foste fazer uma visita a um treino dos nossos petizes do OBSC. Como te sentiste ao perceberes que miúdos de 4 e 5 anos sabiam quem era o Xano? O que significou para ti aquela visita ao treino dos petizes?

X.M: Ao fim ao cabo, é um agradecimento ou seja nós vamos ter com os escalões mais novos por vários fatores. Primeiro porque são eles que mais nos apoiam, estão lá sempre com os pais e isso faz com que haja maior quantidade de adeptos do OBSC e depois porque sinto que eles olham para nós como um exemplo. Eles estão a treinar nas camadas mais novas do Oliveira do Bairro SC mas o objetivo deles é chegar a equipa principal e não ir para um Benfica ou Porto.

Queres deixar uma mensagem aos adeptos?

X.M: Que nos continuem a apoiar que é importante e que venham aos jogos. Na altura da pandemia o facto de não haver público mudava radicalmente a história do jogo. É muito diferente não sentir o público a vibrar com um golo, vibrar com o jogo. Só ouvires o treinador ou outros jogadores não é a mesma coisa.

 

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