À conversa com Serginho

Serginho assim conhecido é médio na equipa sénior do Oliveira do Bairro SC. Desde do Alba na época 2009/10 até aos dias de hoje no OBSC fala-nos um pouco do seu percurso e história enquanto profissional do futebol. 

Iniciaste o teu percurso no Alba na época 2009/10. O que recordas dos primeiros dias de jogador? E que memórias tens?

Serginho: Eu já tinha começado há mais tempo antes de 2009/10 só que ainda éramos muito novos. Pedi sempre aos meus pais para jogar à bola porque passava muito tempo em casa a jogar consola sozinho (às vezes com um amigo ou outro). Na altura os meus pais meteram-se no Alba e levei para lá por acréscimo um amigo meu que já jogava e entramos juntos. No início havia só aqueles treininhos de sexta-feira sem competições como ainda há agora. Eu em casa no pátio andava sempre com a bola nos pés de um lado para o outro daí a escolha desta modalidade.

Após 11 anos de crescimento e evolução, entras para o OBSC em 2020/21. Como foi feito o convite e qual foi a primeira sensação quando cá chegaste?

S.: O convite veio depois de já estar no meu 2º ano de sénior, o treinador na altura já tinha referenciado alguns jogadores ao Oliveira do Bairro SC e a direção achou que eu iria ter um papel essencial no auxílio na equipa principal. Penso que ninguém tenha estado de olho em mim, acho que como o mister Cajó era na altura meu treinador no Avanca vim por acréscimo. A direção por saber que já tinha uma relação profissional com ele em campo, poderia ser benéfico e vim também. Apesar de não achar que já conhecer o mister Cajó pudesse influenciar porque os treinos são sempre diferentes. Conhecemos melhor a maneira de ser da pessoa mas é sempre diferente. Temos de nos adaptar aos treinos, ao que o treinador nos pede, etc.

Que diferenças mais notórias sentes do OBSC para os outros clubes que já representaste?

S.: A diferença mais evidente foi no plantel, é muito unido e isso ve-se dentro de campo e mesmo o caso da direção nunca nos falta nada nem nunca nos faltou. O ambiente com os adeptos é incrível. O crescimento penso que potenciou esta união da equipa e fez-me aprender imenso com todos os colegas de equipa. Também no Beira-Mar aprendi imenso por serem atletas mais velhos e com mais experiência. Aqui difere um pouco por sermos todos mais ou menos da mesma idade. 

Em termos da estrutura de futebol sénior e massa associativa, o OBSC é um clube apetecível para um jovem com talento para jogar futebol e lançar uma carreira?

S.: Para começar o que nos prometem, é dado. Nunca nos prometeram mais daquilo que poderam dar. Nunca faltaram com nada e estão sempre presentes mesmo nos treinos, isso é incrível porque parecendo que não isso é sempre um apoio que nos dão. No Oliveira do Bairro SC parece que é algo especial, não sei bem explicar. Há a preocupação não só do trabalho em campo como estarmos bem fisíca e mentalmente. A idade do plantel também ajuda tudo a ser mais fácil. 

Sabemos que já visitaste os treinos da camada mais jovem do OBSC, os petizes. Como te sentes ao perceberes que miúdos de 4 e 5 anos já são tão aficionados pelo futebol e pelo plantel sénior? O que significa para ti esse reconhecimento por parte deles?

S.: É muito bom mesmo. A primeira vez que eu fui aos treinos deles, cheguei lá e pensei que nem iam saber o meu nome. Chego lá ao treino deles e começam a chamar o meu nome, foi algo incrível. Eles vão ver os nossos jogos mas nunca pensei que prestassem atenção e foi espetacular. Os pais também ajudam muito. Alias são mais os miudos a puxar os pais para virem ver os nossos jogos. É esse o caminho. Eles vêm em nós os seus ídolos e é onde eles querem chegar. Não considero isto como um peso em mim mas é algo bom, ver o "falcão" que há dentro deles. Ver que eles querem estar no clube da terra e aprender é muito bom. Sendo que é excelente pensar alto e sonhar que nas idades deles é o que é necessário.

Queres deixar uma mensagem aos nossos e teus adeptos?

S.: É muito importante que eles nos apoiem, que nos venham ver. Sentimos esse carinho e gostamos porque com eles parece que nos momentos mais apertados, há ali como se costuma dizer o "12º jogador" que nos leva para a frente. É muito positivo ver tanta gente a apoiar o Oliveira do Bairro SC. A falta de barulho durante a pandemia foi totalmente diferente. Falta-nos qualquer coisa quando eles não estão. 

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