À conversa com Alexandre Leira

Alexandre Leira, médio da equipa principal do Oliveira do Bairro SC encontra-se a jogar pelo clube há duas épocas. De momento em recuperação de uma lesão, já iniciou trabalhos de campo específicos à sua condição e falamos nesta entrevista do seu trajeto como jogador.

Iniciaste o teu percurso no Oiã na época 2008/09 e logo a seguir (precisamente 1 ano depois) vieste para o Oliveira do Bairro. O que recordas dos primeiros dias de jogador e que memórias trazes?

Alexandre Leira: A motivação para entrar no futebol praticamente sempre veio de casa e também na altura era miúdo e queria me divertir, com aquela idade não pensamos em mais nada. Na escola estava sempre a jogar à bola nos intervalos seguindo-se esta oportunidade de entrar no desporto que sempre gostei. Começei no Oiã e mudei-me para o Oliveira porque depois vim morar para aqui e senti-me bem com essa decisão sempre com o apoio dos meus pais e colegas. Sempre pratiquei futebol, sempre foi o meu desporto de eleição. O apoio dos meus pais tanto nestas decisões como futuramente irá contar sempre.

Depois saís na época 2011/12 e só regressas na época 2020/21, como foram estes anos de jogador para ti? Como correu o percurso? Sentias o desejo de voltar ao OBSC?

A.L.: Eu quando saí do Oliveira do Bairro, recebi um convite por parte do Beira-Mar, no qual fiz o meu último ano de futebol de 7 e o primeiro de 11. Foram anos incríveis, a primeira mudança para um local mais longe que me causou algum nervosismo até porque sempre estive habituado a sítios mais pequenos e conhecidos. Depois nos 4 anos seguintes seguiram-se os nossos vizinhos Anadia no qual foram os meus melhores 4 anos individualmente e coletivamente. Evoluí muito tanto como pessoa mas também como jogador. Depois no último ano de formação acabei no Gafanha e tenho bastante também a agradecer todos os que me acolheram. O sentimento de voltar ao Oliveira sempre esteve presente, quem me conhece sabe que eu só tenho um clube no coração que é o Oliveira do Bairro. Primeiro tenho um amor enorme pela cidade e só depois pelo clube. Podia estar em qualquer outro clube que o OBSC permanecerá cá dentro. Nunca deixei de seguir tanto a formação como os séniores e há 2 anos quando surgiu a hipótese de voltar a casa não pensei duas vezes.

Que diferenças mais notórias sentes do OBSC quando começaste para agora que integras a equipa principal?

A.L.: O clube evoluiu muito mesmo. O Oliveira era um clube que antigamente era visto como um alvo fácil a abater, quem jogava frente ao OBSC achava que seria um jogo fácil, que estava ganho. Agora nestes útimos 2 anos deu-se uma volta imensa, não só a nível sénior mas também na formação e acho que esta direção está a fazer um trabalho incrível não só a lutar por nós séniores como também pela formação e isso nota-se. Antigamente eramos "8 agora somos 80".

Estás a recuperar de uma lesão e sem poder jogar, o que mais te falta? Os colegas de equipa, os adeptos?

A.L.: Tem sido muito difícil, muito difícil mesmo. Eu achava que ia ser mais fácil. Há dias que o coração e a cabeça não estão assim tão bem mas depois o apoio dos meus colegas, da direção, treinador, fisioterapeuta, família e namorada ajuda imenso a ultrapassar mas confesso que estou confiante no processo e nas pessoas que estão comigo e daqui a nada já estarei de volta.  

Em termos da estrutura de futebol sénior e massa associativa, o OBSC é um clube apetecível para um jovem com talento jogar futebol?

A.L.: A união acho que a palavra-chave que define o clube. O que eu tenho visto por onde tenho passado não demonstra a mesma união que aqui se vive. Nos últimos 2 anos tem sido mesmo muito forte e para mim é um orgulho enorme representar o clube da minha vida e a minha cidade. Desde dos petizes até aos séniores a união e conforto dos mais velhos aos mais novos e de toda a estrutura faz a diferença e isso nota-se.

Como encaras o apoio que os adeptos dão durante os jogos? Como vês isso agora de fora sem participares nas jornadas?

A.L.: É uma sensação maravilhosa contudo diferencio pelo facto de ver o jogo de fora, noutra perspetiva. No campo estamos mais concentrados no jogo e na bancada consigo perceber tanto o que se passa cá fora como lá dentro. Mas o apoio tem sido incrível, eles são o 12º jogador. Com eles somos muito mais fortes e tanto em casa como fora contamos sempre com público e adeptos o que é incrível.

Queres deixar uma mensagem aos adeptos do Oliveira do Bairro SC?

A.L.: Juntos somos mais fortes independentemente dos resultados eu só quero que eles saibam que o plantel está com eles e precisa deles. São a raça do Oliveira e queremos sempre que essa raça e força chegue ao campo e tenho a certeza que com todo o apoio deles vamos conseguir chegar onde queremos.

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